Os veículos elétricos já se tornaram uma realidade em todo o mundo, mas, no Brasil, embora esteja experimentando um crescimento no mercado tecnológico, ainda suscita muitas incertezas em relação a diversos aspectos desse setor em expansão.
Uma das áreas que frequentemente levanta questionamentos diz respeito ao seguro. Afinal, a apólice de um carro elétrico difere daquela oferecida para um veículo a combustão? Oferece coberturas adicionais? E, é mais dispendiosa?
Se você está intrigado com esse tópico e deseja entender o custo do seguro para um carro elétrico antes de decidir fazer a transição para um meio de transporte mais ecologicamente correto, este conteúdo é exatamente o que você estava procurando.
A equipe do Canaltech entrevistou Cleber Gregorio de Oliveira Santos, representante da TAYSAM Seguros, que colabora com as principais seguradoras de veículos no Brasil. Ele esclareceu as principais dúvidas dos consumidores sobre o tema.
O seguro para carros elétricos é mais oneroso?
Uma das questões iniciais e talvez a mais crucial sobre o seguro de um veículo elétrico é direta: ele é mais caro do que o de um veículo a combustão?
Conforme explicado pelo especialista, não há distinção entre um modelo tradicional movido a gasolina (ou flex) e um veículo eletrificado, seja totalmente elétrico ou híbrido. A regra que determina se um modelo é mais caro ou mais barato é a mesma aplicada aos carros convencionais.
É difícil determinar um percentual exato, uma vez que cada carro apresenta características e taxas distintas. Um Renegade, por exemplo, possui uma taxa diferente de um Voyage. As taxas variam, abrangendo colisão, furto e terceiros, entre 2,5% e 10% para carros novos com até 2 ou 3 anos de uso. Se o veículo for mais antigo, a taxa pode chegar a 25% do valor do automóvel.”
A apólice para carros elétricos é diferente?
Quanto às coberturas incluídas na apólice de um carro elétrico, o representante da TAYSAM explicou que não há segredos, e que o cliente pode escolher entre as opções comuns, que protegem contra colisão, incêndio, roubo/furto, e as mais abrangentes. Nesses casos, as coberturas abrangem todos os itens mencionados, além de danos materiais, danos corporais, danos morais, acidentes pessoais de passageiros.
A preocupação com o sistema de baterias, que muitas vezes representa 60% do valor total de um carro elétrico, é considerada injustificada pelo especialista em seguros. E a explicação é bastante simples:
Quando você contrata um seguro para um carro elétrico e ocorre um problema na bateria, geralmente a garantia é fornecida pela própria fábrica. Se o cliente estiver envolvido em uma colisão e a bateria for danificada, ela será certamente coberta, assegurou.
A única ressalva feita por Cleber Santos sobre o assunto é o risco de o sistema de baterias se tornar irreparável devido aos danos causados pela colisão. “No caso, dependendo do valor da bateria ou do preço do carro, pode-se considerar perda total.“
Conclusão:
O mercado de seguros para carros elétricos no Brasil segue a mesma lógica aplicada aos veículos a combustão, sem distinções significativas de custos ou coberturas. A escolha entre opções mais básicas ou abrangentes depende das preferências do proprietário. A garantia de fábrica para problemas na bateria alivia as preocupações, reforçando a viabilidade do seguro para os veículos elétricos. No entanto, é importante considerar o possível cenário de perda total em caso de danos irreparáveis ao sistema de baterias, destacando a necessidade de avaliações cuidadosas ao escolher o seguro adequado para esses inovadores meios de transporte.